O BICO DA OBRA

Obras em casa, dum bico ao outro.

Arquivo de decoração

Blog Action Day

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Com o pretexto de participar no Blog Action Day deste ano, andei em grandes considerações sobre a construção sustentável.

Numa primeira abordagem podemos dizer que a remodelação é sempre mais ecológica que uma construção de raiz. Isto porque não envolve tanta matéria-prima reduzindo o impacto da sua extracção e/ou produção; não implica um crescimento urbano aproveitando as infra-estruturas já existentes como o saneamento, electricidade, acessos ou serviços, entre outras e evita a impermeabilização de novas áreas de solo ou a destruição de zonas verdes selvagens. Estes são alguns pontos mais técnicos de grande impacto no meio-ambiente mas basta bom senso para perceber que os três “R”s da ecologia estão presentes nas remodelações: reduzir, reaproveitar e reciclar.

Segundo ponto de consideração, o ciclo de vida de uma habitação. Para além dos cuidados com a construção, para a qual devemos seleccionar cuidadosamente os materiais e técnicas mais adequados, temos de ter em conta o contexto específico em que a casa se insere. Pretende-se conseguir uma inserção harmoniosa tendo em conta o aproveitamento dos recursos naturais, conhecido por arquitectura bioclimática e a obrigação social inerente à sua identidade cultural, características geomorfológicas, topográficas e climáticas, entre outras. Terminada a obra, vem a utilização, a manutenção e o desmantelamento, fases que devem ser igualmente planeadas como parte do projecto.

Outra noção interessante é a de que a decoração de interiores também pode contribuir para a eficiência energética de uma casa. O tipo de iluminação e as cores escolhidas podem diminuir a necessidade de iluminação e aquecimento ou arrefecimento.

Isto é uma construção sustentável. Ultrapassa as preocupações pelo meio ambiente, alargando-se ao equilíbrio entre três vertentes, a ambiental, a social e a económica.

Rita

Sábado de azulejos

Quando já estávamos mentalizados para abdicar de um dia de praia e passa-lo em lojas de materiais, acordámos para um primeiro dia de Agosto de nuvens e chuva. Custou menos.

Fomos à Anlorbel e à Largiro, duas lojas tipo armazém entre Odivelas e Loures. A primeira tem num edifício à parte um espaço só de promoções, paraíso. Encontrámos preços muito decentes, nomeadamente uns azulejos brancos em vários formatos todos à volta dos 4€/m2, uma boa hipótese para as paredes neutras da casa de banho. Quanto a modelos mais fashion foi difícil descobrir opções baratinhas, digamos que a gama baixa tem uma certa tendência para a foleirada!

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No campo do onírico ficou a referência da marca Trend com azulejos pastilha em mosaicos que misturavam quadradinhos de vidro e metálicos, isto por apenas 200€/m2!

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Vimos também a marca DUNE que tem umas gamas muito à frente! Mosaicos de metal, madeira, vidro, com vernizes, mates, brilho, pintados…

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É só luxo! Quanto à nossa casa de banho, continuamos à procura em lojas de vão de escada e no entulho dos vizinhos, longe de Mantovanis e outras perdições.

Quase…

Depois do registo feito e escritura quase agendada, deixei-me mergulhar um pouco na decoração…

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Não percebo nada de 3D mas com o Freehand até faço panquecas!

Back to square one.

Bem, acabámos de levar um raspanete! Lá fomos nós todos contentes falar com a Joana da Edinteriores, o Miguel com o portátil às costas e eu de caderninho na algibeira (é verdade, ainda não vos mostrei o meu scrapbook!).

“Ah e tal, era giro deitar esta parede abaixo…”
“Então e os fluxos?”
“aaaa… as portas?!?! são de madeira.” ;)

Pois é, parece que temos que voltar um pouco atrás. A Joana Beirão – a Arquitecta de Interiores que fundou a Edinteriores, uma empresa de… Design de Interiores – deu-nos uma lista de tarefas para ver se pomos isto a andar, “Não, não vão conseguir começar as obras a 1 de Agosto. Tenham calma, invistam na fase de estudo para pouparem na obra”. Ora então cá vai a nossa nova lista de prioridades:

01. Fazer o levantamento das medidas da casa para confirmar as que estão na planta e descontar-lhes os centímetros do rodapé.

02. Definir os pavimentos, revestimentos e equipamentos conforme os nossos gostos e orçamento.

03. Preparar um caderno de encargos sobre o qual deve ser feito o orçamento da obra (quando souber o que é, explico).

Amanhã vamos à Conservatória do Registo Predial fazer os registos provisórios da casa para podermos fazer a hipoteca no banco. Com sorte ainda ganhamos umas chavinhas!!!

Rita